Sunday 28 August 2011

Brasiu - a subida



Wake up!


Hoje é dia de trabalho ihih
Tendo tido o melhor guia da cidade (o cidadão do Rio), tempo a pedir direcções e tempo perdido em transportes públicos, ou taxi, dependendo das bolsas de cada um, foi coisa que mal aconteceu.
A manhã começou cinzenta, mas rapidamente começou a abrir e, apesar da neblina que se via no horizonte, aproveitamos o facto de estarmos a apanhar um bom tempo, solarengo (a previsão para a estadia cá não é de muito sol) para irmos aos pontos altos da cidade: Pão de Açúcar e Cristo Redentor.


Pão de Açúcar, relativamente ao Cristo, foi bem mais interessante, não só pelo facto de ser menos "turístico", ou pelo menos, menos apinhado de gente, mas porque havia mais para se ver. Mais caminhos e caminhinhos, uma paisagem menos panorâmica, mais mais cheia de cor. Muito verde, alguns animais, muita alegria e muito entusiasmo.





Estou no Rio!!!
Ás vezes nem dá para acreditar que cá estou... mas essa "chapada" dá-se quando ando pela rua e vejo as árvores amazónicas, sinto a humidade no ar, a movimentação das ruas, os sons de buzinas, bicicletas, o brasilenho por todo o lado;

Do Pão, almoçamos e seguimos para o Senhôr que abraça a cidade e acolhe o mundo todo. Ah! Ter atenção que nesta altura já eram quase quatro da tarde e o sol cá deita-se uns vinte minutos antes das seis. SIM! Aqui, apesar dos 24º de dia e 20 à noite, é VERÃO!


(acho que me vou mudar para cá...)


Mas continuando... pensava eu inicialmente termos subido de "trem" até ao topo, acabamos por conseguir um negóciozinho - aqui, fora o preço das lojas, tudo é e pode ser regateado - e fomos de carrinha, numa viagem de coisa de vinte-trinta minuto, com paragem a meio, no Morro da Marta, para deslumbrarmos a cidade e tirarmos, uma inédita fotografia postal, a dar palmadinhas nas costas ao Cristo. -L-"



Subindo por maravilhosas estradas, mágicas, densas e cheias de vida seguimos. Eu à frente, ao lado do condutor, descobri o quanto os brasileiros gozam os tugas, da mesma maneira que nós gozamos com os alentejanos até que, ao dobrar a rua, começa a aparecer um pequeno casebre, seguido de um conjunto de carrinhas iguais às nossas. O homem manda-nos descer e indica-nos que a partir deste ponto, só de carrinha ou a pé, até ao cume mas de que de qualquer das maneiras, é preciso comprar ingresso.
Bem dito, bem feito... lá teve de ser. Ir ao Rio sem passar pelo Cristo é que não podia ser. Ia ser o mesmo que ir a Roma e não ir ver o Papa.






Ver o Cristo, tem o seu quê de engraçado ^^ não pelo Cristo em si, mas na quantidade imensa em que as pessoas se põem, só para poderem ter um registo da sua presença lá em cima. É que não falo de gente a por-se dobrado... são aos montes, as que se deitam no chão, que dão pulos, que posam de mil e uma vezes. tiram, retiram e voltam a tirar, até terem a "fotografia" com o Senhôrr. Mas sim, é imponente! E quando lá estás, no meio daquela gente toda, e ao pé de alguém tão grande, é impossível não te sentires acolhido. Mas o excesso de pessoas a estar lá, na mesma altura, a fazer o mesmo, torna aquela visita muito, mas muito impessoal... perde parte do seu encanto, porque sabes que é o que todos vão fazer quando lá vão. E apesar de ter adorado conhecer estes locais, sinto muita a falta de uma experiência mais pelo "interior" desta cidade... algo mais ousado e menos "turístico"...






E envolvido nestes pensamentos, vou descendo o monte, olhando para a cidade que já vai acendendo as luzes e deixa mais visível a forma das favelas... aquele local que de todos os que o Rio tem para dar, me impele mais a visitar...

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