Wednesday 14 September 2011

Brasiu - entering the slums


Dia D. O tempo hoje não estava o mais convidativo e, à falta de propostas, veio ao de cima a favela. Não é o local mais bonito do mundo para se visitar e, só o facto de o visitar-mos já quase torna a coisa como um espectáculo. Porém, não foi esse o motivo que fazia mexer até lá.




A favela mexia comigo pelo aspecto cultural enerente a ele. A contrução assimétrica, desorganizada, impulsiva, erguida pela necessidade e não pelo luxo ou conforto; a tensão que se sente no ar... aqui o instinto de sobrevivência, para quem acorda e percorre estas ruas todo o dia, deve estar bem alerta!
Não tendo confiança para ir dentro delo complexo do Alemão, ficou registada na pele uma experiência externa, ainda que por dentro dele.




Passando de morro em morro, tivémos de sair na última paragem para voltar a entrar. E é de cortar a respiração saíres da "estação" de tua casa com 5 homens de metrelhadora ao ombro, a controlar o ambiente do local onde moras. Mais impressionante que isso, só mesmo a dimensão que as favelas cá atingem, e a panóplia de cores e texturas que nelas está presente. Para quem não sabe, esta favela não é a maior do Rio, e tem somente cerca de 100mil habitantes.


Apesar de toda esta aparente falta de condição humana, a verdade é que muita gente há que sempre viveu assim, não aspira e, quando forçados, rejeitam por completo o modo de vida do homem da cidade contemporânea.

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